segunda-feira, dezembro 27, 2004

Natal dos Porquês Compridos

A noite sagrada metamorforseou-se em tradições e actos sociais porventura independentes de índoles religiosas como distribuir prendas ou enviar sms's . Continua a ser uma noite feliz e mágica para alguns,
(os de alma de pequenino)
triste para outros,
(os de alma solitária)
indiferente para poucos.

  • O PRESÉPIO surgiu em 1223 quando São Francisco de Assis mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro para a floresta de Grecciouma em Itália. Em 1567 a Duquesa de Amalfi construiu o primeiro presépio em casa particular, com 116 figuras.

  • O BOLO-REI foi trazido de Paris para Portugal nos finais do século XIX onde foi confeccionado na Confeitaria Nacional, em Lisboa. "Galette" ou "gâteau des rois" para os franceses, "panettone" para os italianos, "roscón de reyes" para os espanhóis, com diferenças na receita. Com a Revolução Francesa a derrubar a monarquia foi rebaptizado. E em Portugal com a proclamação da República "bolo-presidente" ou "bolo-Arriaga". Ao contrário da ponte sobre o Tejo o bolo acabou por reconquistar o trono e o nome original.

  • A ÁRVORE de NATAL remonta à primeira metade do séc. VIII, na Alemanha. O monge britânico São Bonifácio pregava um sermão sobre o Natal. Cortou um carvalho para tentar acabar com a sua adoração pelos alemães da época, que ao cair destruiu tudo em volta excepto um pequeno pinheiro. O monge aproveitou o facto e afirmou que havia acontecido um milagre, pois o pinheiro simbolizava a "árvore do Menino Jesus". A colocação de luzes é atribuída a Martinho Lutero que quis mostrar aos filhos o efeito das luzes das estrelas a atravessarem os galhos dos pinheiros.

Como o presépio e a árvore de Natal o Coroneu metamorforseou-se diante da lareira quente, com chocolate quente num feliz ambiente quente e tranquilo compartilhado com bolos, doces, ceias de bacalhau, laços que brilham, vinhos e aguardentes, pêlos de gatos sonolentos, embalado pela TV contente que à distância do comando se afasta da TV triste dos comerciais.

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