Mesmo assim o Coroneu acha que Portugal é o melhor país do mundo para se viver. Sem os níveis de insegurança do Brasil, sem o clima moribundo do norte da Europa, sem a miséria de África, sem a hipocrisia americana, onde cada vez mais gente se interessa, onde é cada vez menos dificil empreender, publicar, editar... É talvez por isso que muitos estrangeiros que vêm ficam. Que muitos portugueses que vão têm o objectivo - concretizado ou não - de regressar. Apesar da falta de emotividade que Sócrates já demonstrou o Coroneu mantém uma optimista espectativa prudente. É que no palco legislativo todos os nomeados são premiados. 4 anos depois, ou menos. Resta saber quais vão ser os nomeados para as respectivas pastas e se daqui a 4 anos no máximo os prémios de actores e realizadores levam o epíteto de 'melhor' ou 'pior'. O Coroneu vai estar atento. Porque como diria a lírica senhora de bigode no mercado 'O mundo é um palco mas quem se lixa é o mexilhão'.
Compromissos do novo Governo:
- Apoiar a criação de 200 novas empresas de base tecnológica.
- Lançar programa de jovens quadros em gestão/inovação para as PME.
- Repor os benefícios fiscais à I&D das empresas.
- Introduzir o empreendedorismo como matéria obrigatória no ensino.
- Colocação de um curso pós-graduado de gestão (MBA) entre os 100 melhores do Mundo.
- Duplicar os fundos de capital de risco para projectos inovadores.
- Triplicar o esforço privado em I&D.
- Duplicar o investimento público em I&D até 1% do PIB.
- Triplicar o número de patentes registadas.
- Criar 1.000 lugares adicionais para I&D na administração pública, em contrapartida da extinção de vagas menos qualificadas.
- Generalização do acesso à banda larga a preços competitivos.
- Afectar 20% das contrapartidas de compras públicas a projectos de I&D.
- Repor a autonomia financeira das instituições de investigação.
- Reformar os Laboratórios do Estado e contratualizar as suas missões.
- Consolidar as finanças públicas.
- Cumprir o Pacto de Estabilidade e Crescimento, sem receitas extraordinárias até ao final da legislatura.
- Rever as normas de elaboração e aplicação do Orçamento de Estado no sentido da transparência e da eficácia no controlo da despesa.
- Aprovar um programa plurianual de redução da despesa.
- Apoiar uma revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento que favoreça o crescimento sem por em causa os objectivos da consolidação orçamental.
- Combater a fuga e evasão fiscal: alterar o regime do sigilo bancário para efeitos fiscais em linha com as melhores práticas europeias.
- Reforço da selectividade e qualidade do investimento público.
- Simplificação, equidade e eficiência do sistema fiscal.
- Modernizar a administração pública e promover a eficiência.
- Possibilitar a criação de empresas num só dia.Criar o Cartão Único do Cidadão (reunindo BI, Contribuinte, SNS, Eleitor, Segurança Social).
- Criar o Documento Único Automóvel (reunindo Livrete e Registo de Propriedade).
- Introduzir a Informação Predial Única.
- Lançar uma nova geração de Lojas do Cidadão e de Centros de Formalidades de Empresas.
- Eliminar o duplo controlo notarial e registral.
- Reduzir nos próximos 4 anos em 75 mil o número de funcionários públicos, com a regra de uma admissão por cada duas saídas (por aposentação ou desvinculação).
- Introduzir o regime de contrato nas novas admissões, salvo para funções de soberania.
- Generalizar a gestão por objectivos e aperfeiçoar o sistema de avaliação.
- Delimitar o conjunto de cargos dirigentes de nomeação política.
- Efectivar a reforma da Acção Executiva.
- Reforçar os meios e aperfeiçoar os poderes das entidades reguladoras.
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