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E a menina atrás do balcão, em vez de torcer a boca num S deitado, em vez de virar as costas com 'seu ordinário' ou 'seu esquisito' ou em alternativa sorrir em 'ai seu romântico nunca me tinham dito isso', respondeu 'qual quadro, aquele Un bar aux Folies Bergère contestado por possíveis erros de reflexão no espelho, que nem pintado num bar foi? E o Manet que pintava putas e que considero o pintor mais escuro dos impressionistas?'
Claro que o Coroneu poderia contrapor que foi o último grande quadro de Manet, que a modelo Suzon trabalhava mesmo no bar, que Manet foi percursor das cenas quotidianas e que pegando no impressionismo fez-lhe a ponte para os motivos realistas... Poderia contrapor mas ficou para outra ocasião. Entretanto pediu-lhe mais um copo enquanto saboreava a raridade das mulheres-espírito-livre.
6 comentários:
Alive!
...nice!:)
Ora aí está uma abordagem original :)
Vamos ao que interessa! O decote da barmaid era mesmo parecido com o da serveuse ou não??
Cá para mim era a mais do género da Gioconda... vai-se a ver e tinha algo a mais...
É, coroneu, isso de beber muito leva a alucinações...
O que importa: seria um decote muito generoso, tanto quanto o copo permite que o Coroneu se lembre...
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