quinta-feira, novembro 17, 2005

Brincar ao Poder

1.O Coroneu nunca pensou que as declarações da deputada Manuela Ferreira Leite ("Se o Orçamento vai ser cumprido tal como ele está apresentado não merecia o voto contra. Não merecia porque faz um esforço claro no sentido de controlar a despesa") originassem reacções por parte do PSD tão assumidamente de interesse politico. Segundo a direcção do PSD o orçamento de estado é um documento político e não executivo. O Coroneu pergunta:
- Mas não é executivo um documento anual que apresenta medidas e cifras adjudicadas a essas medidas?
Já se sabia que os políticos não sérios nunca votam na proposta mas sempre no proponente, mas é degradante vê-los assumirem-se assim, pensa o Coroneu.

2.Do outro lado da bancada o PS inviabilizou ontem audições parlamentares sobre a fuga de Fátima Felgueiras para o Brasil e o seu regresso a Portugal, alegando que o assunto é do foro judicial e não político. Ninguém questiona a justificação mas mais uma vez é inevitavel a dúvida sobre a idoneidade partidária para com a autarca. E numa altura pós eleições autarquicas em que o povo não soube responsabilizar políticos não sérios seria refrescante e útil dar o exemplo.

3.Enquanto isso os outros partidos brincam ao Presidente da República.

NOTA: Portugal vai aprovar hoje uma proposta de lei que pretende duplicar para 24 milhas a área do mar onde exerce soberania. O Coroneu acha bem. E nunca seria tarde para embarcar esses políticos não sérios e deixá-los por lá, na fronteira marítima, onde poderiam brincar ao poder na conquista do leme num barco cuja direcção só realmente a eles afectaria.

2 comentários:

João Tomaz disse...

Não tinha conhecimento desta proposta de lei, mas acho estranho que seja uma lei nacional a determinar a extensão do exercício de soberania. A UE ou a IMO não têm nada a ver com isto?

Coroneu disse...

De facto faltava o link que o Coroneu acrescentou agora e onde se pode ler "a criação desta zona contígua (...) passou a ser permitida no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar". Supõe o Coroneu que terão sempre de ser depois aprovadas pelo parlamento para entrar em vigor.