terça-feira, setembro 27, 2005

Como um Alexander Selkirk

Depois de um ano dentro do galeão Cinque Ports, o tripulante de 28 anos Alexander Selkirk desentendeu-se mais uma vez com o capitão e numa teimosia efervescente de sangue escocês exigiu ser abandonado no arquipélago deserto de Juan Fernandez onde o galeão se abastecia de água fresca. Foi em Setembro de 1704 que a embarcação o deixou para trás - o galeão Cinque Ports naufragou pouco tempo depois - e Selkirk esperava ser resgatado em breve. Demorou 4 anos e meio.

Entretanto na ilha teve de sobreviver aos leões marinhos que invadiram a praia, embrenhou-se na vegetação, domesticou gatos selvagens para companhia e escondeu-se de dois navios espanhóis que pelo defeito de ser irlandês o torturariam até morrer. Sobreviveu até outro navio britânico aportar na ilha, com o mesmo capitão do Cinque Ports como piloto. Alexander Selkirk voltou finalmente para casa e foi uma das inspirações do livro Robinson Crusoé publicado em 1719.

Agora, quando o Coroneu arrisca uma situação segura em troca de um risco desconhecido por defender convicções teimosas, ouve a voz experiente de um marinheiro isolado pelas ilhas do Pacífico a acautelar tendências murmurando:
'Tem cuidado Coroneu, lembra-te do teimoso escocês corajoso Alexander Selkirk'.

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Coroneu:

Teimosia é contigo, e ainda bem.Mas se calhar estás a passar as provações do escocês, Deus queira que estas sejam a ponte para apanhares o próximo navio britânico que passe. Boas férias Coroneu

Anónimo disse...

bjjs coroneu