domingo, julho 10, 2005

Parque da Cidade

O Coroneu sentava-se ofegante num banco do parque descansando num interregno posterior à corrida de desmoer excessos. O amigo não parou e até desaparecer na curva dos 8 km de caminhos tentava incentivar um Coroneu exausto. Tal como as fábricas para a industrialização, o parque verde urbano é uma das medidas da qualidade de vida de uma cidade, pensava o Coroneu depois.

O maior parque urbano de Portugal é o Parque da Cidade no Porto, com uma superfície superior a 80 hectares (mais de 110 relvados do Dragão) e cerca 8,5 km de caminhos. Lisboa tem Monsanto mas na ausência do corredor arterial proposto não se pode considerar um parque inserido.

Os esquilos brincam uns com os outros nos 140 hectares de Hyde Park, que não é sequer o maior parque de Londres. No outro lado do oceano o Coroneu usufruiu alguns dos 337 hectares de Central Park um mês antes do céu cair sobre os nova iorquinos. No distrito Palermo de Buenos Aires, os 300 hectares de Tres de Febrero foram preenchidos com lagos e jardins orientais inspiração de um arquitecto francês. New Orleans que outrora furou um piercing no Coroneu é a cidade mais cabocla e carnavalesca da América do Norte e respira 600 hectares de City Park onde o Mississipi se flui com o Golfo. Em Paris passeia-se aos domingos nos 995 hectares do Le Bois.

O Coroneu pensava em todos estes parques. Tinha ido a todos, sozinho ou com pessoas diferentes. À frente dele, junto ao lago de patos, um casal sorridente esgrimia com espadas imaginárias. O amigo tornou a passar por ali e súbito o casal espadachim desaparecera. 'Imaginei', pensou o Coroneu confuso. O amigo tornou a insistir. Antes de voltar à corrida a malograda barriga do Coroneu ainda suplicava uma clemência de suor, sem lágrimas nem sangue.

1 comentário:

Anónimo disse...

Os Castigadores gostariam ainda de acrescentar uma visita virtual ao parque dos cavalos da ilha.