As vezes a natureza molda-nos como um pedregulho nu. As vezes um vulcao a derreter no cimo (Lanin) resgata-nos o pensamento da paisagem monotona ou adormece-nos a mare de um lago tranquilo (7 lagos) quando as vezes lhe da o vento.
As vezes surpreendemo-nos quando sem luz - porque a lua apesar de cheia ainda nao nasceu - armamos uma tenda tao bem e as vezes apesar da chuva e do frio e da solidao de um chao vazio surpreende-nos pensar que nao desejavamos estar noutro lugar. As vezes alegria é quando em desespero se consegue acender um lume de lenha ensopada. As vezes tudo o que ha para comer - torradas com café - sabe a boda de casamento feliz.
As vezes um homem esta com a tenda frente a um lago cavado nas montanhas, enquando alimenta de lenha uma fogueira e suspende a sua chavena de cafe fervido, a pensar nas noticias do louco mundo civilizado la tao distante, mais distante que o horizonte de onde nasce agora a lua.
E as vezes, esse homem concorda com a resposta do escritor (Antonio Lobo Antunes) quando numa entrevista lhe perguntaram se acreditava em Deus: "As vezes, à noite".
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