Clonaram o telefone ao Nuno assim que o avião aterrou em Congonhas.
A clonagem de telemóveis é operada por quadrilhas especializadas principalmente nos aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo.
Com um scanner ou um receptor de rádio de alta frequência, o criminoso consegue identificar os números da linha e de série de um aparelho que esteja fazendo uma ligação de um local próximo. Esses dados são então transferidos para um outro aparelho, o "clone". A partir daí, as ligações feitas do clone são registradas na conta do proprietário do aparelho original.
Pois é Nuno, foi o que te aconteceu... Sabes porquê? Porque o telemóvel estava a operar na rede analógica (accionada em certos locais, onde o sistema digital não está disponível, ou por aparelhos antigos sem essa tecnologia).
Na maioria dos Estados brasileiros, as operadoras da banda A utilizam a tecnologia TDMA, a mesma da TIM. Quando viajam para esses lugares, os clientes da TIM continuam falando no modo digital, a salvo dos clonadores. O problema começa quando eles entram em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia ou Sergipe. Nesses Estados, as operadoras da banda A utilizam outro padrão, o CDMA, fazendo com que os celulares da TIM funcionem no modo analógico, abrindo uma brecha para a clonagem.
No Brasil o problema pode ser resolvido se, antes de entrar nesses Estados o dono configurar o aparelho para operar na banda B (no caso da TIM) ou na banda A (no caso da Vivo).
E pronto, uma lição de anti-clonagem. Só falta dizer que a tecnologia GSM é praticamente imune à clonagem porque apenas funciona em modo digital.
A possivel conclusão idiota é deduzir que a bezerra clonada ou lá o que foi, era analógica.
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